por Pedro Rondon
Segundo o Dieese, só na cidade de São Paulo, existem 1,231 milhão de pessoas sem emprego. Este dado faz com que seja um senso comum que qualquer vaga seja rapidamente preenchida. Mas no mercado de TI, essa dinâmica é diferente. Existem muitas oportunidades e poucos profissionais qualificados. Assim, as empresas sofrem na busca de pessoas e quem já está empregado, tem maior poder de negociação. Quem fizer a melhor proposta ganha o profissional.
Levantamento feito pela Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro, apontou que já no início do segundo semestre de 2010, o mercado buscava cerca de 71 mil profissionais de TI. O fato mais preocupante é que a mesma pesquisa afirma que, em 2013, esse déficit será de 200 mil profissionais.
Segundo o Dieese, só na cidade de São Paulo, existem 1,231 milhão de pessoas sem emprego. Este dado faz com que seja um senso comum que qualquer vaga seja rapidamente preenchida. Mas no mercado de TI, essa dinâmica é diferente. Existem muitas oportunidades e poucos profissionais qualificados. Assim, as empresas sofrem na busca de pessoas e quem já está empregado, tem maior poder de negociação. Quem fizer a melhor proposta ganha o profissional.
Levantamento feito pela Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro, apontou que já no início do segundo semestre de 2010, o mercado buscava cerca de 71 mil profissionais de TI. O fato mais preocupante é que a mesma pesquisa afirma que, em 2013, esse déficit será de 200 mil profissionais.
Fazendo uma avaliação do setor, podemos notar porque isso acontece. O mercado tornou-se muito segmentado. Hoje, as empresas não só optaram por atuar em determinados nichos, como também buscam profissionais especializados em cada um dos fabricantes, ou até mesmo em soluções específicas. Não existe mais o profissional de TI e sim o funcionário formado em TI, especializado em alguma tecnologia.
Aquele profissional que entendia tudo do assunto ficou no passado e as instituições de ensino superior ainda levarão algum tempo para acompanhar o ritmo com que o mercado avança. Elas precisam redesenhar seus modelos de trabalho e verificar as demandas de profissões na área de TI que apareceram nos últimos anos. Além disso, as tecnologias que surgem a cada dia colocam ainda mais desafios na formação. É possível que nos próximos anos existam mais profissionais especializados. O conceito cloud computing (computação em nuvem) é uma dessas tecnologias que exigirão ainda maior formação, conhecimento e experiência do profissional.
Na prática, a responsabilidade por formar efetivamente esses profissionais ficou para as empresas do setor. Como nesse mercado a formação teórica e o conhecimento básico não são suficientes, as companhias precisam fazer investimentos para capacitação profissional, arcando com custos de especializações e de certificações. Este é um movimento arriscado, pois é exatamente esse profissional capacitado que o mercado busca. Após fazer todo o investimento, a companhia pode perdê-lo, caso ele receba uma proposta melhor. A empresa precisará, então, encontrar outro profissional e recomeçar todo o processo de formação.
A situação é difícil para todos os envolvidos. Muitas companhias deixam de investir com medo de que o profissional vá embora depois de formado e o profissional que quer ingressar no mercado não consegue emprego porque ainda não tem a formação específica exigida.
Este ciclo não afeta somente o relacionamento entre empresa e colaborador. É um risco também para os negócios. Imagine que o seu funcionário é o responsável por um grande projeto na TI de um importante cliente. Quando ele anuncia que vai embora, o cliente pode sentir esse desligamento. O tempo para contratar e capacitar um novo profissional colocará esse negócio em risco e é possível também que o cliente não se adapte ao novo recurso escolhido para gerenciar o projeto.
Apesar do risco, ainda acho válido o investimento na formação por parte das empresas. Isso deve ser aliado à busca por oportunidades dentro da casa para ele se desenvolver e vestir a camisa da companhia. O fato de estar próximo desse colaborador, ajudando-o e auxiliando-o no crescimento profissional é uma importante ferramenta para que ele compreenda que a empresa precisa dele e ele da empresa. Sair em busca de novos profissionais, além de ser mais caro pelo próprio processo, gera um desgaste com clientes. E neste caso, o ônus seria bem maior.
Já a pessoa que olha para sua carreira não deve esperar até que uma empresa resolva investir na sua profissionalização. São poucas as companhias dispostas a isso e a espera vai deixá-lo ainda por mais tempo longe do mercado. Quem deseja tornar-se um executivo de TI de sucesso nunca deve perder a oportunidade de aprender. Começar como estagiário ou trainee já é um importante passo. Além de se profissionalizar em fabricantes de ponta no mercado uma outra opção é buscar as certificações necessárias para atingir o nível profissional de interesse.
Pedro Rondon é presidente da B2Br
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